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Cultura

13ª Festa dos Tambores reúne cortejo de afoxé, maracatu, artesanato e culinária de terreiro na Bomba do Hemetério

22 de abril de 2025
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Foto: divulgação

Maracatu Raízes de Pai Adão

Com o incentivo da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), do Governo do Estado de Pernambuco por meio da Secretaria de Cultura do Estado de Pernambuco, a 13ª edição Festa dos Tambores realiza uma grande celebração neste sábado (26), a partir das 19h, na sede da Gigante do Samba e arredores, região pertencente ao polo cultural da Bomba do Hemetério. O evento gratuito, e aberto ao público em geral, é uma realização do Afoxé Povo de Ogunté com o intuito de promover a sensibilização da população em geral a respeito da existência e da importância dessas heranças. Sob o tema “13ª Festa dos Tambores: nos ritmos ancestrais”, o encontro tem produção executiva da Bureau de Cultura, Lelê Colab e Ladjane Rameh Produções.

Este ano, o evento homenageia o Sítio de Pai Adão pelos seus 150 anos de fundação, Tata Raminho de Oxóssi (in memorian) e a presidente da Escola Gigante do Samba, Marize Félix. A 13ª Festa dos Tambores: nos ritmos ancestrais terá a participação de diversos grupos ligados à cultura de matrizes africanas. O cortejo de abertura sairá do Sítio de Pai Adão, na Estrada Velha de Água Fria, e irá desfilar até a quadra da escola de samba, puxado pelo Maracatu Raízes de Pai Adão e Maracatu Sol Brilhante do Recife. No palco, montado dentro da escola, o anfitrião Afoxé Povo de Ogunté comanda a festa junto com os tambores da Gigantes do Samba, Coco das Estrelas e Coco Zé de Teté.

Em mais uma edição, a festa reúne feirinha de artesanato com artesãs e artesãos produtores de trabalhos autorais com grande representatividade para as culturas de matrizes africanas e pólo gastronômico com a culinária de terreiro, que se configuram como importantes elementos identitários do povo de santo. O público presente terá a oportunidade de degustar pratos dedicados aos orixás, preparados por Yabás de diversos terreiros do Recife, seguindo suas tradições.

A Festa dos Tambores é realizada desde 2009 pelo Afoxé Povo de Ogunté. A área onde acontece o evento possui uma riqueza exalada pelos vários segmentos culturais que lá fixaram sede. A cultura carnavalesca da comunidade, não se restringindo ao período oficial de carnaval, demonstra essa diversidade em época de festas e nos desfiles pelas ruas do bairro, em forma de cortejos e eventos que celebram a pluralidade da cultura popular pernambucana, notadamente sob influência dos legados deixados pelos povos negros.

SOBRE OS HOMENAGEADOS:

Sítio de Pai Adão

O Ilê Asè Obà Ogunté – Sítio de Pai Adão, é o terreiro de candomblé mais antigo de Pernambuco e o terceiro do Brasil. A casa foi fundada em 1875 por Ifátinuké, que também atendia pelo nome Inês Joaquina da Costa, ou Tia Inês, uma nigeriana originária da cidade de Oyó, que veio para Pernambuco junto com seu companheiro João Otolú e outros negros africanos. O terreiro possui uma relevância histórica para compreensão das religiões de matrizes africanas no Brasil. Todo local remete a um ambiente rural que remonta ao início da ocupação do bairro de Água Fria, inicialmente conhecido como Beberibe de Baixo. O Terreiro Ilê Obá Ogunté Sítio Pai Adão recebe este nome em homenagem a um de seus sacerdotes. Pai Adão foi um dos maiores propagadores do nagô pelo Recife (PE) ajudando a fundar outros terreiros e tornando-se referência na cidade. Muitos dos seus conhecimentos serviram de embasamento para os pesquisadores locais e para textos clássicos de Gilberto Freyre, Gonçalves Fernandes, Waldemar Valente e René Ribeiro, expoentes da intelectualidade pernambucana e estudiosos dos candomblés da região. Tornou-se a maior referência na história do Xangô pernambucano. A relação de Pai Adão com outros terreiros em geral foi notória. Seu terreiro ainda hoje é citado como referência em termos de história do Xangô, das tradições nagô e de muitas das tradicionais agremiações de carnaval, frevo e maracatus de Recife e de Olinda. Na zona norte de Recife onde se concentram muitas agremiações de Maracatu Nação, era tradição, os grupos fazerem passagem pelo Sítio de Pai Adão ao longo do percurso, que se fazia a pé até o centro da cidade ou aos palanques no período do Carnaval. O terreiro Ilê Obá Ogunté Sítio de Pai Adão foi reconhecido como Patrimônio Cultural do Brasil de forma unânime, pelo Conselho Consultivo do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

(Fonte: Portal do IPHAN, publicada em 13/09/2018)

Tata Raminho de Oxóssi

Nascido em 1936, Severino Martiniano da Silva, mais conhecido como Raminho de Oxóssi, foi iniciado aos dez anos de idade pelas Tias do Sítio de Pai Adão. Dez anos após sua iniciação no nagô trouxe o culto Jeje para o estado de Pernambuco.

Estabeleceu seu primeiro terreiro no Complexo de Salgadinho, em Olinda.

Anos mais tarde, se mudou para o bairro de Jardim Brasil I, também em Olinda, e fundou o terreiro Roça Jeje Oxum Opará Oxóssi Ibualama, que manteve até o fim da vida.

Recebeu título de Patrimônio Vivo de Pernambuco em 2022.

Organizou, com a ialorixá Badia, a comunidade negra do Pátio do Terço, em São José, no Centro do Recife, onde celebrava a tradicional Noite dos Tambores Silenciosos, na segunda de Carnaval, com batuqueiros de vários grupos de Maracatu Nação para reverenciar os orixás até a meia-noite, quando os tambores silenciam.

Ele também conduzia, há 42 anos, a festa Águas de Oxalá, realizada todos os anos no segundo domingo de janeiro. A celebração consiste na lavagem da escadaria da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, no Sítio Histórico de Olinda, e marca a abertura do ciclo carnavalesco da cidade.

Fundou o primeiro afoxé de Pernambuco, o Afoxé Ilê de África. Tal iniciativa significou, sobretudo, uma forma de resistência política e cultural, já que a fundação ocorreu em 1970, época em que o Brasil encontrava-se em plena Ditadura Militar. Também fundou o afoxé Ara Odé, em 1982.

Marize Félix

Marize Felix de Araújo Lacerda é filha de uma das fundadoras do Grêmio Recreativo Cultural e Arte Gigante do Samba, foi trazida para dentro da escola aos sete anos e segue fazendo parte do Polo Cultural da Bomba do Hemetério. É formada em pedagogia, sempre lutou pela representatividade feminina dentro dos segmentos da agremiação e, nos últimos 15 anos, passou a ocupar cargos executivos. Em 2007, foi escolhida como diretora de desfile da Gigante do Samba. Desde lá, realiza diversos projetos sociais, como a coleta e venda de materiais recicláveis, e culturais, a exemplo da bateria mirim. Em março de 2023, assumiu a presidência. Na sua gestão, já conquistou o tricampeonato do carnaval do Recife (2023, 2024 e 2025) e destaca-se por apoiar várias agremiações do Polo Cultural da Bomba do Hemetério (bois, ursos, maracatus, quadrilhas juninas, caboclinhos, afoxés, grupos de dança) com a cessão da sede para ensaios e reuniões.

Aliado ao seu admirável trabalho à frente da Gigante do Samba, tem realizado, gratuitamente, oficinas e palestras em escolas públicas, contribuindo para a compreensão e difusão da cultura popular. Graças ao seu senso de cooperação e visão territorial, desempenha, ainda, um papel importante no fortalecimento da atividade turística na Bomba do Hemetério, destino nacionalmente reconhecido como berço e palco de uma rica e intensa produção cultural.

SERVIÇO:

O QUE? “13ª Festa dos Tambores: nos ritmos ancestrais”

QUANDO? 26 de abril de 2025 (sábado)

HORÁRIO? 19h

ONDE? Concentração e início do cortejo no Sítio de Pai Adão/Culminância da festa na sede da Gigante do Samba e arredores, região pertencente ao polo cultural da Bomba do Hemetério

ATRAÇÕES? Cortejo pelas ruas próximas à quadra da escola de samba, puxado pelo Maracatu Raízes de Pai Adão e Maracatu Sol Brilhante do Recife. No palco, montado dentro da escola, o anfitrião Afoxé Povo de Ogunté comanda a festa junto com os tambores da Gigantes do Samba, Coco das Estrelas e Coco Zé de Teté.

O público também irá desfrutar da culinária afro-brasileira e da feirinha de artesanato de matrizes africanas.

ENTRADA: Gratuita e aberta ao público

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