Era “só” para ser duas apresentações, da Banda de Pífano Santa Luzia, de Arcoverde (Sertão), e do Grupo de Bacamarteiros da Associação Folclórica Bacamarteiros Mandacaru, de Abreu e Lima, município ao norte da Região Metropolitana do Recife. Mas que esteve no Mercado Público de Buíque (Agreste), na hora do almoço desta sexta-feira (30), ainda pôde conferir, como bônus, uma apresentação dos músicos dos dois conjuntos. O encontro aconteceu na estreia da oitava e última etapa do Festival Pernambuco Meu País 2024.
A Banda de Pífano Santa Luzia, do município vizinho, tocou praticamente em casa. Velha conhecida dos buiquenses, destilou seu repertório autoral de uma tradição que data de 1939. Francisco Batista de Santana (zabumba) e seu irmão, José, mais conhecido como o Delegado do Pife, mantêm viva com a família o legado do pai, que herdou do avô e que foi iniciado pelo bisavô. Com os irmãos tocam ainda os sobrinhos Rian (maracá) e Carla Cristina (prato), e o neto de Franscisco, João (tarol).
A proposta no País das Culturas Populares e País das Matrizes do Forró é os grupos se apresentarem no antigo palco do pátio e desfilarem pelo Mercado Público performando entre feirantes e clientes. No intervalo entre os dois shows, porém, aconteceu o inusitado: o quinteto arcoverdense se encontrou com o trio musical Trinca Cultural Pé de Serra, contratado para acompanhar os Bacamarteiros Mandacaru e fizeram juntos uma inesperada jam session de autêntico forró.
Depois foi a vez dos bacamarteiros darem seu recado. Fundado em 2000, o conjunto conta com 32 componentes e destacou 17 integrantes, com idade entre 5 e 72 anos, para se apresentarem em Buíque, pela primeira desde sua criação, sob o comando de sua presidente, Marleide Tenório. Após a apresentação no pátio e o desfile no mercado, a performance terminou com os tradicionais pipocos dos bacamartes, nos fundos do centro comercial popular, numa verdadeira salva de boas-vindas ao Festival Pernambuco Meu País em Buíque.