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Cultura

Torre Malakoff abre exposição coletiva “Observa 3” com obras de cinco artistas visuais

16 de junho de 2025
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Foto: Rod Souza Leão

 Geoneide Brandão é um dos artistas da exposição Observa 3

O Observatório Cultural Torre Malakoff, equipamento gerido pela Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), do Governo do Estado, realiza a abertura, nesta quarta-feira (18), às 19h, da exposição coletiva “Observa 3”, com a participação de cinco artistas selecionados no edital de ocupação de pautas do espaço. Participam da mostra Ana Neves, com o trabalho “Tropical Trópico: aqui tudo derrete”; Geoneide Brandão, com “Entre nós todo o indizível se faz presente”; Ícaro Galvão, com “Encontros Monumentais”; Luciana Borre, com o trabalho “?Toda vez que me perco de mim?”; e Paulo Oliveira, com obras de seu acervo. A entrada é gratuita.

“A exposição Observa 3 é mais uma ação do Governo de Pernambuco, através de um equipamento gerido pela Fundarpe, em prol da valorização cultural do Estado, promovendo a fruição do setor das Artes Visuais e destacando novos talentos. O Observatório Cultural Torre Malakoff é um espaço voltado para evidenciar os nossos artistas e também atuar fortemente na formação de plateias. A nossa intenção é manter abertos os equipamentos culturais do Estado para o usufruto de todos os artistas pernambucanos”, enfatiza a presidente da Fundarpe, Renata Borba.

“Essa exposição coletiva é um super fomento do Governo para novos artistas, complementando essa grande força para a arte contemporânea. A gente se preocupa muito em fazer uma educação do olhar aqui na Torre Malakoff, então é muito importante que dentro do Estado tenha um espaço que a gente possa oportunizar que artistas novos sejam exibidos na cena para que o público tenha acesso a eles de maneira gratuita”, ressalta Carol Chaves Madureira, do Observatório Cultural Torre Malakoff.

O térreo será ocupado pela exposição fotográfica “Encontros Monumentais”, do artista visual recifense Ícaro Galvão, reunindo nove obras – entre elas um vídeo e trabalhos em grandes formatos – realizadas com a técnica histórica da cianotipia, artesanalmente tonalizadas com infusões de diversos vegetais. O projeto propõe um reencontro com monumentos naturais do interior de Pernambuco, registrando formações rochosas em Sirinhaém e Brejo da Madre de Deus. Partindo de uma fotografia-base, o artista cria composições formadas por repetições e variações cromáticas, evocando a transformação da paisagem e a fragilidade da memória. A mostra de Ícaro Galvão propõe um deslocamento simbólico do olhar: do céu à terra, da observação científica à experiência sensível. O público também terá a oportunidade de participar de ações educativas, como visita mediada e oficina de cianotipia, e conta com texto crítico inédito da historiadora Joana D’Arc Lima.

No primeiro andar do equipamento cultural os visitantes terão acesso às demais mostras. A artista visual Ana Neiva apresenta a sua primeira exposição individual “Tropical Trópico: aqui tudo derrete”. O espaço reunirá oito obras inéditas, entre textos, pinturas e desenhos que investigam os deslocamentos de corpos e territórios, propondo um olhar sensível sobre as transformações que atravessam geografias periféricas e racializadas no Sul Global. Com curadoria de Walter Arcela, a exposição articula memória, matéria e ambiente em visualidades híbridas e instáveis, dando visibilidade a narrativas que emergem das zonas não metropolitanas.

A exposição “Entre nós todo o indizível se faz presente”, do artista Geoneide Brandão (1999), crescido em Ouro Branco (sertão de Alagoas, Nordeste do Brasil), apresenta um conjunto de pinturas que emergem de uma pesquisa pictórica iniciada em 2020, voltada à investigação do afeto e do desejo dissidente. A partir de sua vivência como pessoa não binária, vinda do sertão de

Alagoas, o artista constrói imagens que atravessam questões de gênero, sexualidade, subjetividade e deslocamento. A pintura é aqui entendida como ferramenta de construção simbólica e política, capaz de tensionar os valores da tradição artística ocidental e propor outras possibilidades de existir. O trabalho convida a pensar o amor, a intimidade e a beleza como forças contra-hegemônicas, especialmente quando vividas entre pessoas queers. Obras como “As três desgraças” reconfiguram referências clássicas para refletir sobre afetos não normativos, desafiando perspectivas LGBTfóbicas. O afeto é tratado como gesto de resistência e como lugar de pertencimento diante das vivências que atravessam as trajetórias dissidentes no Sul global.

Da artista Luciana Borre, a exposição “?Toda vez que me perco de mim?” é um conjunto de obras têxteis acompanhadas de contos poéticos. São bordados, tapeçarias, gravuras, instalação, vídeo-arte e livro/objeto produzidos no período de isolamento social causados pela pandemia COVID-19. Registra os resultados dos processos de criação em um tempo introspectivo, voltado ao autoconhecimento e com a escassez de materiais. Vislumbra o transbordamento de si por meio da materialidade têxtil e demarca um período que disparou uma série de processos de criação têxteis e coletivas da artista. É uma exposição que aborda a necessidade humana do encontro presencial e detém teor imersivo e tátil. É baseada no livro “Bordando Afetos na Formação Docente” (2020), da própria Luciana Borre.

Também no primeiro andar da Torre Malakoff, o público poderá apreciar parte do acervo do artista Paulo Oliveira Quacula, natural de Moreno, Região Metropolitana do Recife. Ele é escultor e velejador, acumulando mais de 30 anos na prática artística. Atualmente, vive na Praia de Suape e possui um diversificado acervo de esculturas, tendo produzido com madeiras distintas – raiz de mangue, imburana e casca de cajá – todas coletadas fora de práticas extrativistas. Sua pesquisa é centrada nas relações entre natureza e cultura, explorando a jornada do artista com o deslocamento, o mar, a madeira, o tempo, os sonhos e as viagens.

OBSERVATÓRIO CULTURAL TORRE MALAKOFF – O equipamento cultural é um importante monumento tombado pela Fundarpe e localizado no Bairro do Recife, área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan). Foi construído no século 19, com materiais provenientes da demolição do Forte do Bom Jesus, para servir como observatório astronômico e portão monumental do Arsenal da Marinha. O caráter militar da obra está presente em sua fachada e na simetria de sua planta, lembrando também mesquitas do Oriente.

No ano 2000 a Torre foi transformada em espaço cultural com destaque para a música e a fotografia. São oito salas de exposição, além de salas educativas e administrativas. Na área externa um anfiteatro serve como espaço para diversos eventos. O observatório do espaço funciona aos domingos, das 16h às 19h30.

Visitações Endereço: Praça do Arsenal da Marinha, s/nº, Bairro do Recife – Recife Visitação: Terça a sexta-feira, das 10h às 17h | Domingos, das 15h30 às 19h Telefone: (81) 3184-3180 Entrada: gratuita E-mail: [email protected]

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