Foto: Ronny Colors/Secult-PE/Fundarpe
O último dia do Festival Pernambuco Meu País 2025 em Buíque, neste domingo (3), foi uma verdadeira celebração da diversidade cultural e da potência artística do Nordeste. O encontro dos dois territórios simbólicos do evento – País das Brincadeiras e País das Conexões Urbanas – aconteceu dentro de uma lona completamente lotada, onde o riso, a música, a dança e a ancestralidade se fundiram em uma experiência coletiva emocionante, com espetáculos para todas as idades.
“O compartilhamento do mesmo espaço, através do universo da lona, entre os dois países, reforçou a proposta do festival de transbordar fronteiras artísticas e simbólicas, criando conexões entre o imaginário infantil e a pulsação das ruas, entre a brincadeira e a ancestralidade”, destacou o coordenador de Dança da Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE), Paulo Henrique.
Abrindo a programação às 14h, o País das Brincadeiras trouxe o espetáculo “A Vaca Minuciosa”, do artista Pochyua Andrade, que encantou o público com uma proposta sensível que misturou música, ilustração e narrativa poética. Em seguida, às 15h, o palco foi tomado por “Canções, Cançonetas e Caçarolas”, ampliando o universo das histórias cantadas e brincadas.
Às 17h, a irreverência da palhaçaria tomou conta da lona com o espetáculo “Riso Interior”, da companhia Teatro de Retalho, de Arcoverde. Fundado em 2008, o grupo apresentou uma montagem com contação de histórias, banda marcial ao vivo e muita interação com o público, resgatando memórias da infância e promovendo o riso como forma de afeto.
Entre os espetáculos do País das Brincadeiras, o País das Conexões Urbanas também marcou presença na lona. Às 16h, a Companhia Raízes, de Campina Grande (PB), apresentou o espetáculo de dança “Dos Terreiros ao Palco”, trazendo para a cena os gestos, ritmos e simbologias das religiões de matriz africana. Com figurinos tradicionais, os bailarinos traduziram em movimento a força dos terreiros, embalados por ritmos como o ijexá, o coco e o samba.
Encerrando a programação às 18h, a Cia La Casa, de Alagoas, encantou o público com o espetáculo “Pavão Misterioso”, que mesclou mamulengo, música e contação de histórias, tudo ambientado num cenário colorido, representando o Sertão nordestino. A montagem emocionou o público por propor a lembrança da riqueza dos contos populares, que atravessam gerações.