O Governo do Estado, por meio do Consórcio de Transporte Metropolitano (CTM), realizou hoje (27), para cerca de 30 motoristas da empresa permissionária Metropolitana (EME), a campanha “E se fosse você?”. A ação tem como foco a conscientização dos motoristas que operam no Sistema de Transporte Público de Passageiros da Região Metropolitana do Recife (STPP/RMR) sobre as normas e critérios para a promoção da acessibilidade de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida no transporte público.
Foto: Paulo Maciel/Grande Recife
No encontro, foram distribuídos panfletos informativos e, em uma conversa dinâmica com os motoristas, os gerentes Kathia Sena (Fiscalização), Heron Farias (Terminais) e Alex Carvalho, chefe da Divisão de Vistoria do CTM, destacaram as medidas que devem ser adotadas para garantir a acessibilidade nos ônibus. Entre os temas abordados, estavam: a utilização correta da Plataforma Elevatória Veicular (PEV), os assentos preferenciais, balaústres, cintos de segurança para cadeirantes, condições da lapela, guarda-corpo para cadeira de rodas, cigarra e a comunicação visual voltada à acessibilidade.
Ao final, na garagem da EME, os motoristas foram convidados a embarcar nos ônibus utilizando óculos embaçados — simulando a visão de uma pessoa cega —, muletas e cadeiras de rodas. A iniciativa promoveu uma abordagem que enfatiza a empatia pelo próximo, permitindo que vivenciassem, de forma limitada, a realidade e os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência visual, mobilidade reduzida ou cadeirantes.
“Como poder público, temos por obrigação garantir o direito à acessibilidade no transporte para pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Nosso foco é levar essa ação para todas as empresas operadoras e terminais integrados. Precisamos ter acolhimento para essas pessoas na hora do embarque e desembarque”, destacou Sena, enfatizando que o CTM é responsável pela fiscalização e pelo cumprimento das leis e normas de acessibilidade nos ônibus do STPP/RMR.
Para Edgar da Costa, 43 anos, motorista e instrutor de trânsito há 9 anos, a experiência aproximou o órgão gestor dos motoristas. “Temos que ter essa visão da educação, que é onde se faz a diferença. Em qualquer área da nossa vida, a educação é fundamental para tudo, para mudar atitudes. Se colocar no lugar do outro nem sempre é fácil. Quando fazemos isso, podemos ter uma visão mais ampla do que a pessoa passa e, com isso, passamos a encarar a vida de uma forma diferente. Envolver todo mundo, um respeito mútuo, tanto do motorista com o usuário quanto do usuário com o motorista”.