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Cultura

Cineclube Audiovisão convida o público a sentir o cinema com o corpo, no Centro do Recife

28 de julho de 2025
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Unindo o cinema experimental com a música ao vivo de forma acessível, o Cineclube Audiovisão chega à sua terceira edição no dia 2 de agosto, às 18h, na Casa Lontra (@casa.lontra), localizada no Centro do Recife. O evento tem a proposta de transformar filmes raros e experimentais em experiências sensoriais com as trilhas sonoras executadas ao vivo por duplas de músicos.

Desta vez, o artista Alexandre María (guitarra, teclado e loops) convida Aquilles Albino (baixo e bateria eletrônica) para tocar durante a exibição de dois filmes: Trem, de Carlos Cordeiro (1977-1982, 7 min), um registro sobre a construção do Porto de Suape, em Super 8; e o clássico soviético Encouraçado Potemkin (1925, 85 min), do diretor Serguei Eisenstein. A entrada é gratuita e a iniciativa conta com tradução em Libras e estrutura de som adaptada para pessoas surdas (com subwoofers que transmitem as vibrações).

A proposta do Cineclube Audiovisão é provocar encontros entre o ver, o ouvir e o sentir, criando uma atmosfera de experimentação audiovisual em tempo real. Idealizado pela equipe da Casa Lontra — formada por Beatriz Arcoverde, Beatriz Baggio, Vitor Maciel e Thelmo Cristovam —, o projeto parte do conceito de audiovisão do pesquisador francês Michel Chion, unindo imagem, som e vibração como experiência estética compartilhada.

“A trilha sonora de cada sessão é tocada por artistas convidados, a partir de um processo colaborativo com a curadoria, que terão liberdade para improvisar e reagir aos filmes. A imagem funciona como partitura. O som não ilustra, provoca. Queremos abrir espaço para uma escuta inventiva”, explica Beatriz Arcoverde, que faz a curadoria dos filmes antigos no Audiovisão.

Esta é a primeira de seis sessões do projeto, que acontecerá até janeiro de 2026, com apoio do Funcultura, por meio do Governo de Pernambuco, e da Lei Paulo Gustavo, por meio do Governo de Pernambuco e do Ministério da Cultura (MinC), do Governo Federal.

PARCERIAS E CURADORIA — A sessão do dia 2 de agosto integra a terceira temporada do cineclube, realizado em parceria com o Institute of Incoherent Cinema (IOIC), da Suíça, que cede cópias restauradas de filmes silenciosos do início do século XX. A escolha de Encouraçado Potemkin, um dos pilares da linguagem cinematográfica mundial, se dá justamente pela raridade e pela qualidade da cópia. “É raríssimo ter acesso a registros tão bem preservados. O IOIC nos fornece material impecável, que nos permite valorizar a memória audiovisual com o cuidado que ela merece”, diz a curadora.

Já os curtas-metragens experimentais pernambucanos tiveram a seleção a partir de outra estratégia. Neste caso, a curadoria decidiu trabalhar com autoras e autores contemporâneos que utilizam a linguagem sem diálogos, propondo novas camadas sonoras sobre obras recentes. Trem, por exemplo, foi restaurado pelo Crônicas de uma Transformação: preservação do acervo fílmico sobre a construção do Porto de Suape, iniciativa do Laboratório de Antropologia Visual da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

A preparação das trilhas é feita com antecedência, a partir de encontros e trocas entre curadoria e músicos. Algumas propostas surgem de imediato, outras demandam tempo para maturação. O resultado é sempre inédito, imprevisível e construído no tempo presente, diante do público. “É uma tarefa tão estimulante quanto assustadora fazer uma trilha para obras como as que estão na programação. Do inédito ao aclamado, espero fazer jus à grandeza desses filmes e levar ao público uma experiência tão prazerosa como foi para mim”, ressalta o músico Alexandre María.

A curadoria também observa a diversidade dos artistas convidados, mantendo o equilíbrio entre homens e mulheres, e trazendo diferentes olhares para as sessões. Em todos os casos, a Casa Lontra oferece suporte técnico e conceitual durante o processo criativo.

CINEMA PARA TODO MUNDO — O Cineclube Audiovisão é parte ativa da pulsação artística do Recife e do Nordeste. Nasceu em 2022 dentro da Casa Lontra, espaço independente que se consolidou como polo nacional de arte sonora e experimentação e já realizou mais de cem apresentações de música ao vivo, oficinas, mostras e atividades culturais.

O evento é multissensorial e acessível. Além da tradução em Libras durante a apresentação, a Casa Lontra é equipada com sistema de som de alta qualidade, incluindo subwoofers que possibilitam a percepção tátil das vibrações sonoras — ampliando a escuta para pessoas surdas. O ambiente também é preparado para cadeirantes, além de sofás e colchões para criar um espaço confortável a todo o público.

SOBRE OS MÚSICOS — Alexandre María (@alexandremaria) é doutorando em Antropologia (PPGA/UFPE/LAV), atua nos campos da cultura e da saúde. Desde 2016, compõe e toca músicas de rock alternativo, noise e brega que exploram vivências no Recife por meio de distorções, solos e melodias marcantes. Aquiles Albino (@albinoaquilesf) é contrabaixista das bandas Decomposed God, Pandemmy e Alexandre María. Já atuou como baterista e compositor em grupos punk e grind. Desde 2017, integra o cenário musical recifense, transitando entre o metal extremo, o rock psicodélico e projetos coletivos experimentais.

Programação:

Trem, de Carlos Cordeiro (1977-1982, 7 min) Encouraçado Potemkin (1925, 85 min), de Serguei Eisenstein Músicos: Alexandre María (guitarra, teclado e loops) convida Aquilles Albino (baixo e bateria eletrônica)

SERVIÇO: Cineclube Audiovisão Sábado, 2 de agosto de 2025, às 18h Casa Lontra – Rua Bispo Ayres Cardoso, 72, Boa Vista, Recife-PE Acessibilidade: tradução em Libras e som tátil via subwoofer Entrada Gratuita Mais informações: @casa.lontra

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