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Cultura

Cinema São Luiz abre celebrações do Abril Indígena neste fim de semana

3 de abril de 2025
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Reprodução

O documentário A Flecha e a Farda, de Miguel Antunes Ramo, será exibido sábado e domingo

Convidando o público a pensar o cinema de fora das caixas tradicionalmente eurocêntricas, a programação especial deste fim de semana do Cinema São Luiz abre as celebrações do Abril Indígena, com a exibição de filmes que exploram as questões dos povos originários. Durante todo o mês, os cinéfilos poderão se aprofundar na temática através de produções realizadas por cineastas indígenas ou em colaboração com eles, assim como por meio de obras dirigidas por não-indígenas que abordam eventos significativos para o debate estético e político.

“Se a gente pensa que os povos originários têm outras cosmologias, outras formas de viver e de ser no mundo, isso também se expressa nas imagens. Historicamente, as imagens tinham um olhar muito direcionado a partir da visão eurocêntrica colonial e nos últimos anos, nas últimas décadas, houve toda uma transformação, um deslocamento onde os povos indígenas, realizadores e realizadoras indígenas, começam a se apropriar da linguagem audiovisual para colocar suas subjetividades na tela. Tem um pensador um militante importante das causas indígenas, que é o Ailton Krenak, e ele fala dessa ideia de demarcação das telas, ou seja, uma forma de ocupar também esse espaço, que é o espaço do pensamento, é o espaço da imaginação política. E o Cinema São Luiz vai se somar nessa articulação que acontece nacionalmente, passando pelas perspectivas que estão colocadas nas imagens”, expressa o programador do Cinema São Luiz, Pedro Severien.

A iniciativa busca dar ênfase nos cinemas indígenas feitos no Brasil e promover o reconhecimento e a valorização da diversidade dos povos originários, proporcionando ao público a oportunidade de mergulhar em narrativas que refletem a luta, a resistência e as subjetividades de personagens e comunidades indígenas.

“A programação deste fim de semana começa com um filme muito marcante que se chama A Flecha e a Farda, de Miguel Antunes Ramos, que se volta para um acontecimento durante o período da ditadura militar quando é criada uma guarda rural indígena, ou seja, pessoas indígenas são treinadas e formadas para agirem de forma militar e policial nos territórios. Então o filme vai usar um arquivo de imagens de uma apresentação desses corpos de pessoas indígenas sendo treinados militarmente para representantes da ditadura militar. Ao investigar essas imagens de arquivo que aconteceram e foram filmados no ano de 1970, hoje, há poucos anos, o filme vai resgatar o relato, fatos desses personagens que estão na imagem. Então é um filme muito interessante para pensar o impacto da ditadura militar também nos territórios indígenas”, comenta Pedro Severien.

Reprodução

Rama Pankararu, de Pedro Sodré, conta a história de Bia Pankararu, jovem agente da saúde indígena que está arrecadando fundos para a reconstrução da escola em sua aldeia

“O segundo filme é Rama Pankararu, que tem a coautoria de um ativista de uma artista, a Bia Pankararu, e é muito lindo como uma forma de expressão das subjetividades de uma personagem jovem, com todos os desafios de proteção e de construção do território indígena aqui em Pernambuco, e também com os seus desejos de mundo. Então são dois filmes muito importantes, muito belos, que começam nessa programação. E no domingo, às 11h, a sessão para criança, que é uma faixa tradicional do cinema São Luís, vai ser formada por curtas-metragens indígenas produzidos por um projeto muito importante chamado Vídeo nas Aldeias. É um projeto que vem trabalhando já há anos na formação de cineastas indígenas. Esse projeto é coordenado pelo Vincent Carelli, que é também um realizador e um indigenista que tem uma trajetória muito consistente na construção dessa visibilidade, do pensamento e da forma de ocupação da linguagem audiovisual pelas comunidades indígenas. Então é um fim de semana muito potente, muito envolvente e que vai ser uma experiência de abrir as telas para esse pensamento em construção”, complementa o programador.

Confira a programação do Cinema São Luiz neste final de semana:

Ingressos: R$ 5 (meia para todos)

SÁBADO (05/04/25)

16h – A Flecha e a Farda

Documentário, 2020, SP, 100 min, cor

Classificação indicativa: 12 anos

Sinopse: Em 1970, oitenta indígenas marcharam, fardados, no pátio de uma delegacia, para a cúpula do regime militar. Cinquenta anos depois, o filme busca estes guardas – seus corpos, suas histórias, suas memórias.

Direção: Miguel Antunes Ramo

18h – Rama Pankararu

Ficção, 2023, RJ, 95 min, cor

Classificação Indicativa: 12 anos

Sinopse: Bia Pankararu, jovem agente da saúde indígena, está arrecadando fundos para a reconstrução da escola em sua aldeia, que foi destruída durante um incêndio criminoso na noite do segundo turno das eleições de 2018. Paula, jornalista carioca, chega à aldeia para fazer uma reportagem sobre os ataques incendiários.

Direção: Pedro Sodré

DOMINGO (30/04/25)

11h – Cinema para a Criança com Filmes Indígenas (Classificação Livre) Gratuita

Das crianças ikpeng para o mundo

Documentário, 2001, 35′, cor

Sinopse: Quatro crianças Ikpeng apresentam sua aldeia respondendo à vídeo-carta das crianças da Sierra Maestra em Cuba. Elas abordam seu cotidiano, cada qual enfocando um aspecto do seu modo de vida.

Direção: Txicão, Natuyu, Txicão Karané, Txicão, Kamaré

Depois do ovo, a guerra

Documentário  2014, 14’, cor

Sinopse: As crianças Panará apresentam seu universo em dia de brincadeiras na aldeia. O tempo da guerra acabou, mas ainda continua vivo no imaginário das crianças.

Direção: Komoi Panará

A história do monstro khatpy 

2008, Documentário, 6’, cor

Sinopse: Os índios da aldeia Kisêdjê conhecem bem os perigos da mata. O monstro Khátpy é sem dúvida um deles. O curioso é que índio e monstro têm algo em comum: ambos são hábeis caçadores e exemplares chefes de família. Enquanto o primeiro caça macacos, o segundo caça índios. Enquanto Khátpy usa da força bruta, o índio caçador vence pela esperteza. É o que contam os anciãos da aldeia, ao relembrar a história de como um caçador astuto conseguiu escapar das garras do monstro e voltar são e salvo para o convívio de sua família.

Direção: Whinti Suyá, Kambrinti Suyá, Yaku Suyá, Kamikia Kisêdjê, Kokoyamaratxi Suyá

Akukusiã, o dono da caça

Documentário, 1998, 10’, cor

Sinopse: A fabula sobre o Akukusiã, monstro canibal, narrada e interpretada pelos índios Waiãpi da aldeia de Taitetuwa. “Fizemos o vídeo”, dizem eles, “para alertar os incautos. Até um não-índio pode ser devorado por estes monstros ao entrar na mata”.

Direção: Dominique Tilkin Gallois, Vincent Carelli

Mbya Mirim – Palermo e Neneco

Documentário, 2008, 23’, cor

Sinopse: Palermo e Neneco são irmãos e pertencem ao povo MBya-Guarani. Espirituosos, os meninos dão um jeito de se divertir e dar risada até quando precisam ajudar nas tarefas da aldeia. Além de colher palmito e cortar madeira, gostam de Michael Jackson e de festas com cantoria ao som da rabeca e do violão. Palermo e Neneco vestem-se com camiseta e bermuda e usam dinheiro para comprar sabão nas fazendas vizinhas. Mas nem sempre este contato com os brancos é amigável.

Direção: Patrícia Ferreira Pará Yxapy, Ariel Ortega Kuaray Poty

No tempo do verão

Documentário, 2012, 22’, cor

Sinopse: Na aldeia Ashaninka, verão é tempo de farra de passarinho, pé de fruta carregado e pescaria em família. Mas é, antes de tudo, tempo de descoberta. As crianças deixam de ir à escola para aprender com os mais velhos a vida na floresta: fazer flechas, construir abrigo na margem do rio, acender o fogo, cozinhar macaxeira, fisgar peixe com arpão… Tayri, Piyãko e Bianca nos mostram que novas experiências podem ser muito divertidas.

Direção: Wewito Piyãko

15h – Rama Pankararu

17h – A Flecha e a Farda

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