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‘Salu e o Cavalo Marinho’, de Cecília da Fonte, é um dos filmes selecionados
Integrando a programação da 18ª Semana Estadual do Patrimônio Cultural de Pernambuco, a 1ª Mostra de Cinema e Patrimônio estreia neste domingo (17), às 14h, no Cinema São Luiz, no Recife, com uma seleção de curtas-metragens dedicados a mestres e mestras da cultura popular pernambucana.
A iniciativa, realizada pelo Governo do Estado através da Fundarpe e Secult-PE, tem como objetivo difundir e valorizar os patrimônios imateriais e Patrimônios Vivos do Estado, fortalecendo o reconhecimento e a preservação desses bens culturais. A curadoria reúne produções financiadas por editais como o Funcultura, a Lei Aldir Blanc e a Lei Paulo Gustavo, voltadas para estudantes e para o público em geral e a entrada é totalmente gratuita.
Na programação, o público vai conferir obras como “Salu e o Cavalo Marinho”, sobre o mestre Salustiano; “Ciranda Feiticeira” e “Dorme Pretinho”, que retratam a vida e a arte de Lia de Itamaracá; “Mestra Di”, sobre a guardiã do coco de roda em Pernambuco; “Dona Cila”, liderança do maracatu rural; entre outros títulos que celebram saberes e tradições da Zona da Mata, do litoral e do interior do Estado.
Após as exibições, às 19h, haverá uma aula-espetáculo do Projeto Azougue, com Maciel Salú, rabequeiro, cantor, compositor e mestre de maracatu rural, que apresentará o caboclo de lança e compartilhará histórias sobre o maracatu e outras expressões da cultura popular pernambucana.
A Mostra segue nos próximos meses com exibições também em Triunfo, Palmares, Floresta, Paudalho, Camaragibe e Gravatá, reforçando o compromisso do Estado com a interiorização da educação patrimonial e a democratização do acesso à produção audiovisual.
Confira a programação da abertura, neste domingo (17), no Cinema São Luiz, a partir das 14h:
Salu e o Cavalo Marinho – Conta a história de Mestre Salustiano, filho do rabequeiro João Salustiano, que sonha em participar de um grupo de cavalo-marinho, folguedo típico da região.
Da Boca da Noite à Barra do Dia – Na Zona da Mata, sonho e realidade se misturam entre plantações de cana, cores, danças, teatro e música, revelando um passado não tão distante.
Ciranda Feiticeira – Janaina e sua mãe vivem os rituais da pesca na ilha de Itamaracá, enfrentando a dor e celebrando a beleza dos ciclos da vida com sonhos, poesia e música.
Dorme Pretinho – Um recorte poético da infância de Lia de Itamaracá com sua mãe Matildes, trazendo memórias e afeto.
Rei da Ciranda Pesada – João Limoeiro, discípulo de Baracho, transforma a ciranda de engenho em ritmo moderno e se consagra Rei Coroado da Mata Norte de Pernambuco.
Mestra Di – Dirigido por Tuca Siqueira, apresenta Mestra Di, guardiã do coco de roda em Pernambuco, transmitindo saberes e ritmos que atravessam gerações.
Dona Cila – Dirigido por Olívia Godoy, retrata a liderança de Dona Cila no maracatu rural, preservando a herança cultural de sua comunidade.
Tambores da Umbigada – Protagonizado por Mãe Beth de Oxum, valoriza os saberes ancestrais da tradição afro-brasileira que une música, dança e resistência.
Alafin Oyó – Cultura, dança e religião se entrelaçam nessa reportagem que registra o Alafin Oyó, um dos mais importantes blocos afro de Pernambuco, nas ruas e praias de Olinda.
Maracatu, Maracatus – Mostra as diferenças culturais entre gerações do maracatu rural, a partir de três personagens, incluindo um mestre e um músico de rock.