Ao usar este site, você concorda com a Política de Privacidade e os Termos de Uso.
Accept
Informe Pernambuco
Facebook Like
Twitter Follow
Instagram Follow
Informe PernambucoInforme Pernambuco
Pesquisar
  • Principal
Follow US
© Foxiz News Network. Ruby Design Company. All Rights Reserved.
Cultura

Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda chega à 26ª edição

19 de fevereiro de 2025
Compartilhar

Juana Carvalho/SecultPE/Fundarpe

Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda

A Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda chega à 26ª edição, nesta segunda-feira (24), a partir das 20h. A concentração acontece na Praça de São Pedro. Depois, o cortejo com as dez nações de maracatu realizam o percurso que vai da Rua do Amparo até o Largo da Igreja do Rosário dos Homens Pretos. O evento conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe).

Uma noite de fé, tradição e resistência. O encontro dos maracatus de baque virado de Olinda em um grande cortejo pelas ruas do Sítio Histórico, celebrando a cultura afro-brasileira e reverenciando os ancestrais. À meia-noite, a grande saudação no Largo do Rosário encerra esse momento único de conexão entre os maracatus e o sagrado.

Em Olinda, a presença das populações remanescentes do continente africano ocorreu, ainda no século 16, quando foram trazidos escrizavos da Guiné, a pedido de Duarte Coelho, para o trabalho nos engenhos. Esse contingente, que com o passar dos anos só cresceu, no início do século 17 construiu para seu uso a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, em que estabeleceu seu local de reunião para efeito dos cultos da Igreja Católica, convívio da comunidade negra, troca de saberes e para a realização de suas festas profanas.

Com a invasão holandesa veio a debandada e muitos dos escravizados foram para Quilombo dos Palmares ficando tanto a Igreja como a própria Olinda abandonadas. Em 1715 os negros já haviam restaurado seu espaço sendo fundada a Confraria de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos.

Das imposições do poder vigente e da resistência cultural dos negros, veio o sincretismo, que ajustou de maneira crioula os calendários e os ritos de origem africana. O Carnaval, festa do calendário cristão que precede a Quaresma, e que é uma licença, uma pausa, é também um momento de expressão das culturas afrodescendentes.

Segundo a historiadora Aneide Santana, “é da década de 1990 a reativação e o aparecimento em Olinda dos grupos culturais com produções artísticas inspiradas nas raízes de nosso povo. Esse movimento, já conhecido internacionalmente, bebeu muito nas fontes alimentadas pelo amor e pela obstinação dos afrodescendentes por suas culturas, aliados especialmente a sua criatividade e adaptação. Por tudo isso se faz a festa, partilha-se o Largo do Rosário e tocam-se os tambores. A convocação é para todos que de alguma maneira se beneficiam desse acervo, ligados ou não a fundamentos religiosos, mas que fazem parte do movimento”.

Todos os anos, em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, na semana que antecede o Carnaval, acontece a Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda, que se formou a partir de uma obrigação religiosas dos maracatus de Olinda. Contando com a participação dos Maracatus Nação Leão Coroado, Nação Camaleão, Nação Badia, Nação de Luanda, Nação Maracambuco, Nação Pernambuco, Nação Estrela de Olinda, Nação Tigre e Sol Brilhante de Olinda.

A celebração tem início com a concentração de todos os maracatus nos Quatro Cantos, no Sítio Histórico de Olinda, de onde todos seguem em cortejo pela Rua e Largo do Amparo com destino à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Na chegada cada um canta algumas loas, dando espaço para o próximo, até a chegada do último quando se reúnem para a realização do ritual religioso que começa a meia-noite, com cantos africanos entoados pelo zelador de santo.

Durante a cerimônia a frente da igreja é banhada de perfume e, no fim, acontece um dos momentos mais emocionantes da cerimônia, o rufar dos tambores que permanecem em silêncio durante a celebração, acompanhados da já tradicional queima de fogos.

Serviço:

Noite para os Tambores Silenciosos de Olinda – concentração na Praça de São Pedro e cortejo até os Quatro Cantos em direção à Igreja do Rosário, segunda-feira (24), a partir das 20h

Maracatus participantes da AMO:

O Maracatu Leão Coroado, fundado em 1863, é um dos mais antigos maracatus em atividade no Brasil. É considerado Ponto de Cultura pelo Ministério da Cultura (MinC) e Patrimônio Vivo de Pernambuco desde 2005.

O Maracatu Nação de Luanda foi fundado em 18 de setembro de 1997. O grupo foi fundado por Antônio Roberto Nogueira Barros, conhecido por Roberto, que, antes de fundar o Nação de Luanda, já havia atuado em outros maracatus.

O Maracatu Nação Pernambuco foi fundado em 1989. Atuando em teatros tradicionais, palcos de festivais, realizando desfiles nas ruas com até 40 tambores e 300 desfilantes, gravando discos e ministrando oficinas, o Nação Pernambuco nasceu com o objetivo de dar uma amplitude maior ao universo do maracatu, até então restrito ao período carnavalesco.

O Maracatu Nação Camaleão foi fundado em 8 de abril de 1990, pelo mestre Márcio Carvalho de Lima, Luís Pernambuco, Alexandre Alves Dias e Plínio Victor, na comunidade do Amaro Branco, em Olinda. Lá ficou por pouco tempo partindo, em seguida, para o Varadouro, na Rua da Boa Hora.

O Maracatu Nação Maracambuco foi fundado em 9 de Junho de 1993 com a missão divulgar, preservar e promover a cultura pernambucana, em especial o maracatu de baque virado, utilizando a cultura como ferramenta de transformação social e atividade turística. Em 2013 foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural, prêmio concedido pelo governo federal.

O Maracatu Nação Badia, fundado em 4 de outubro de 1995, entidade sem fins lucrativos é destinado à profissionalização sócio, educacional, cultural e recreacional de jovens e adultos tendo como objetivo a divulgação da cultura musical folclórica do maracatu com grupo de percussão pesada e fina.

O Maracatu Nação Tigre, fundado dia 6 de janeiro de 1975 por Melquiades de Sena Reis e sua esposa, dona Lourdes, inicialmente localizado no bairro de Campo Grande, após a cheia de 1975 mudou-se para Peixinhos, bairro onde até hoje está localizado. Em 2010 o neto do casal, Fabiano, assumiu o maracatu desfilando pelos principais corredores carnavalescos de Recife e Olinda.

O Maracatu Nação Estrela de Olinda foi fundado em 2003 pelo Mestre Ivanildo de Oxossi, percussionista e tirador de loa, e criado pelo projeto Agente Jovem, formado por crianças e adolescentes das comunidades dos bairros olindenses de Guadalupe, V8 e V9 no geral.

O Maracatu Nação Sol Brilhante de Olinda foi fundado em 1992 pelo mestre Djair Gomes, junto com seus pais e irmãos, a partir de uma iniciativa familiar. Inicialmente criado como uma nação mirim, suas cores representativas eram o verde e o amarelo e seu orixá patrono era Ibeji. Na Rua do Rotar, no bairro do Varadouro, em Olinda, mestre Leandro Gomes, sobrinho do mestre Djair Gomes, teve a iniciativa de discutir o retorno do Nação Sol Brilhante. O desejo foi concretizado em 29 de setembro de 2017, quando a nação foi refundada, composta pelos integrantes da época mirim, já adultos, mantendo viva a essência do grupo.

Leia também

Divulgado resultado final da análise documental do 9° Funcultura Música

Confira o resultado do julgamento de recursos do 9° Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia

Trup Errante, de Petrolina, realiza intercâmbio artístico em Petrópolis (RJ)

Monólogo ‘Vida Comum’ encerra temporada em Garanhuns com apresentação gratuita e acessível

Ciclo Junino 2025: Cortejo Brincantes de Pernambuco realiza edição inédita no interior do Estado

Compartilhar este artigo
Facebook Twitter Email Copy Link Print
Painel Informe Manaus de Satisfação: Gostou da matéria?
Love0
Angry0
Wink0
Happy0
Dead0

Você pode gostar também

Divulgado resultado final da análise documental do 9° Funcultura Música

21 de junho de 2025

Confira o resultado do julgamento de recursos do 9° Prêmio Ariano Suassuna de Cultura Popular e Dramaturgia

20 de junho de 2025
Cultura

Trup Errante, de Petrolina, realiza intercâmbio artístico em Petrópolis (RJ)

20 de junho de 2025
Cultura

Monólogo ‘Vida Comum’ encerra temporada em Garanhuns com apresentação gratuita e acessível

20 de junho de 2025
Cultura

Ciclo Junino 2025: Cortejo Brincantes de Pernambuco realiza edição inédita no interior do Estado

20 de junho de 2025
Cultura

Teatro Arraial Ariano Suassuna divulga resultado final da análise documental do edital “Temporada de Espetáculos”

20 de junho de 2025
  • Blog
  • Fale Conosco
  • Termo de Uso
  • Política de Privacidade
  • Sobre o Site

Siga-nos

Portal Informe Pernambuco