Foto: Juana Carvalho/Secult-PE
O País do Cinema encerrou com mostra de filmes indígenas
A tarde do último sábado (2) foi marcada pelo último dia do País do Cinema no Festival Pernambuco Meu País, em Buíque. O destaque da programação foi a estreia da mostra “Puruã”, que trouxe discussões sobre pertencimento, ancestralidade e territorialidade, através de curtas documentais e de ficção produzidos por realizadores e coletivos indígenas. A exibição foi realizada na Escola Técnica Estadual Cyl Galindo.
Durante a exibição das produções, a coordenadora da linguagem de audiovisual da Secretaria de Cultura de Pernambuco – Secult-PE, Maria Samara, comentou com entusiasmo sobre o último dia do polo. “Tivemos realizadores de Petrolina, Arcoverde, além de uma mostra de cinema indígena. Transitamos por muitos gêneros: documentários, suspense, terror, videoarte, videoclipe, experimental. Foi um momento especial e de muita troca entre os realizadores e o público”.
A mostra “Puruã” trouxe narrativas que abordam a diversidade dos povos originários do Brasil, em especial de Pernambuco. O projeto tem como objetivo fomentar e difundir o cinema indígena através de exibições de obras realizadas por esses povos, além de proporcionar que o público seja representado e dialogue com narrativas plurais e não-hegemônicas.
Feane, coordenadora da mostra, expressou alegria ao estrear o evento em um território indígena. “A gente tinha o desejo de fazer com que o cinema indígena chegasse em vários lugares, fazer com que o público pudesse ver os filmes e se enxergar nas telas e nas histórias. É uma alegria ter conseguido trazer a mostra para o Festival Pernambuco Meu País, em um território indígena como Buíque”, ressaltou a organizadora. Após a exibição, houve uma sessão de debate entre os realizadores dos curtas e o público presente. A programação também contou com roda de samba de coco apresentada por representantes do povo Kapinawá, de Buíque.
Foto: Juana Carvalho/ Secult-PE
Integrantes do povo Kapinawá de Buíque se apresentaram no País do Cinema
“Foi um momento lindo, um verdadeiro encantamento, uma demonstração de que o cinema também é magia, é também esse contato com todas as formas de sensibilidade, todas as formas de encantaria e possibilidades de olhar e fazer cinema com afeto”, destacou Samara. O País do Cinema também exibiu o documentário “Ô Celina ô Celina – Biu Neguinho”, dirigido por Jadson André e Sheila Moreno, e do curta-metragem de terror, “Carniceiros”, de Geisla Fernandes e Wllyssys Wolfgang.