Equipamento cofinanciado pelo Governo eleva para 686 mil o número de refeições servidas mensalmente à população em vulnerabilidade
Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife, abriu as portas, ontem (13), da Cozinha Comunitária Maria José Lins, a 63ª inaugurada este ano. Serão 200 almoços servidos de segunda a sexta-feira para as pessoas em vulnerabilidade social e insegurança alimentar e nutricional referenciadas pelo Centro de Referência em Assistência Social (CRAS) ou Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS) local.
Esta é a 102ª cozinha entregue desde o início da atual gestão estadual, sendo a 157ª em funcionamento em Pernambuco. Com ela, sobe para 686 mil o número de refeições oferecidas mensalmente à população pelos equipamentos, integrantes do Bom Prato, módulo do Programa Pernambuco Sem Fome.
“São mais de 30 mil pratos de comida entregues, cinco dias por semana, para quem mais precisa. O Programa Bom Prato tem chegado a todos os cantos de Pernambuco porque, com fome, não é possível pensar sobre outros direitos. Tudo isso é fruto da criação da secretaria de Assistência Social do Estado, na qual contamos com a ajuda de muitos parceiros”, salientou o secretário da Secretaria de Assistência Social, Combate à Fome e Políticas sobre Drogas (SAS), Carlos Braga.
A dona de casa Rafaelly Rodrigues, de 30 anos, foi escolhida para representar os beneficiários durante a cerimônia de descerramento da placa. “É uma honra poder falar em nome de todos e todas através desse projeto que vai ajudar bastante não só a minha família, mas a muitas que estão aqui. Sou grata e desejo que as cozinhas cresçam ainda mais”, comemorou.
ESTRUTURA – As famílias beneficiadas pela cozinha comunitária de Ipojuca contarão com acompanhamento e avaliação nutricional mensais, realizadas por Karina Freitas, nutricionista responsável pelo equipamento. Além disso, todas as refeições terão versões especiais para pessoas diabéticas e hipertensas, respeitando as restrições alimentares destes grupos.
Também está em andamento a elaboração de cursos profissionalizantes de gastronomia, com intuito de qualificar tanto beneficiários quanto a comunidade de Salinas, onde a cozinha está instalada. “Teremos aulas teóricas, em uma sala especialmente preparada para isso, e práticas, utilizando a estrutura de nossa cozinha”, detalhou a coordenadora Josiane Silva.
As cozinhas comunitárias são cofinanciadas pelo Governo do Estado, que custeia a instalação e a manutenção dos espaços. Aos municípios cabe administrar e gerenciar o funcionamento e as equipes, formadas por cozinheiros, auxiliares de cozinha, coordenadores, nutricionistas e demais profissionais de apoio.
Texto: Nathalia PereiraFotos: Vinícius Lins/SAS